sexta-feira, 12 de setembro de 2014

PARABÉNS LIMEIRA!



As origens de Limeira remontam à abertura do caminho para Goiás que foi aberto pela primeira vez em 1682 por Bartolomeu Bueno da Silva -o Anhangüera- e reaberto em 1.722 por seu filho e que ia de São Paulo às minas de Goiás. Como não haviam estradas e as tropas se locomoviam a pé ou usando burros e mulas, um problema sério era a alimentação que em parte era fornecida pela própria mata,como caça e algumas frutas, mas para sanar essa questão geralmente um pequeno grupo partia antes, levando ramas de mandioca e grãos de milho, alimentos nativos já cultivados há séculos pelos índios, abriam uma clareira na mata em algumas paragens e plantavam uma pequena roça que forneceria o alimento para quando o grupo maior ali chegasse. Esses locais de roça, ao longo deste caminho, foram chamados de  ranchos ou pousos. Um desses pousos era o “Rancho do Morro Azul”, no sertão do Tathuiby, junto ao Ribeirão Tatu,que era um local perfeito para isso por possuir terras férteis ao seu redor e água, além de servir também de ponto de referência pois era avistado de grandes distâncias. Essas terras já eram conhecidas de tribos indígenas e de grupos caboclos que a exploravam cultivando pequenas roças, não permanecendo no mesmo local por um período maior que 6 ou 7 anos.  Essa população cabocla era fruto da mistura de homens que haviam adentrado o sertão e acabaram vivendo junto aos indígenas, tendo filhos e formando pequenos grupos. Alguns deles haviam partido para o interior em busca de riquezas e escravos indígenas sem a permissão da Coroa e acabaram ficando; outros, como em casos registrados em Itu, haviam sido condenados por crimes e sua pena era “serem soltos na cabeceira do Rio Piracicaba e entrarem na mata”. Provavelmente os juízes acreditavam que esses homens não iriam sobreviver,porém muitos o fizeram.
Em fins do século 18 e início do século 19, as terras do Tathuiby foram sendo ocupadas por posseiros vindos de povoados da região, que diferentemente dos caboclos e indígenas, tinham a idéia de se fixarem nesse local. Nessa mesma época o governo passa a doar sesmarias e com a vinda dos agora “donos legais” das terras, muitos desses grupos acabaram sendo empurrados mais para o interior, após Rio Claro , onde era o limite entre o “civilizado” e o “selvagem”.
As sesmarias acabaram sendo divididas e dando origem a várias fazendas e os primeiros fazendeiros, Capitão Luis Manoel da Cunha Bastos, Bento Manoel de Barros, José Ferraz de Campos, Nicolau de Campos Vergueiro e Manoel Rodrigues Jordão, entre outros, começaram já ao redor de 1815 a plantar cana-de-açúcar para comercialização que precisava ser escoada, portanto, em 1.823 o governo provincial autorizou a abertura de uma estrada ligando o Morro Azul a Campinas. Junto à estrada foram sendo construídas estalagem para os tropeiros, casas e vendas e com a construção das pontes, em 1.826 ela foi aberta, o Capitão Luiz Manoel da Cunha Bastos doou 112,5 alqueires para que fosse formado um povoado e que fosse construída alí uma capela para que seus moradores pudessem se reunir, rezar e ouvirem missa. A capela então marca o ano de fundação da cidade.
Quanto à origem do nome LIMEIRA, não se pode precisar com certeza. Mas nas correspondências da época o que se percebe é que os nomes de Tathuiby e Limeira eram ambos usados para se referir à povoação. As laranjas, limões e limas foram introduzidas em São Paulo pelos portugueses já em 1540, sendo que documentos e livros que retratam o Brasil do início da colonização citam a excelente adaptação climática das árvores cítricas na costa brasileira. Na primeira metade do século XIX o Brasil foi alvo de grande interesse dos pesquisadores europeus, surgindo na época muitos estudos e livros sobre a flora brasileira. Não foram poucos os viajantes que mencionaram a existência de laranjeiras selvagens no interior do Brasil, levando muitos a acreditar que a laranja era uma fruta nativa. Portanto,é possível dizer que na região do Morro Azul haviam árvores cítricas cujas sementes haviam sido transportadas pelo homem ou por pássaros e outros animais e dado origem à um ou mais pés de lima, que por serem frutas conhecidas dos europeus há muitos séculos chamaram a atenção o suficiente a ponto de serem usadas para dar nome ao local.
DEAN, Warren - Rio Claro - Um Sistema Brasileiro de Grande lavoura 1820-1920. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1977.
CARITÁ, Wilson José– A Igreja de Nossa Senhora das Dores de Limeira -1º Volume . Limeira , Sociedade pró Memória de Limeira , 1998.
http://www.abecitrus.com.br/historia_br.html - Associação Brasileira dos Exportadores de Cítricos.


http://www.limeira.sp.gov.br/pml/
http://www.acil.org.br/site/

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

5ª etapa do Campeonato Brasileiro de Motocross


Limeira foi escolhida para sediar a etapa semifinal do Campeonato Brasileiro de Motocross deste ano e deverá ser inserida no circuito da categoria. A pista, localizada no Horto Florestal, passará por uma reformulação para atender aos padrões de qualidade da competição, o que tornará o município referência na região e no Estado para a prática do motocross. A expectativa é que a etapa, marcada para o dia 14 de setembro e que pode definir os campeões das categorias, reúna 20 mil pessoas, fomentando o turismo e a economia da cidade.
A realização da prova em Limeira marca ainda os 30 anos do motódromo no Horto Florestal e o retorno do Campeonato Brasileiro de Motocross ao Estado de São Paulo.
No último fim de semana, 12 e 13 de abril, o chefe do Gabinete do prefeito, Marco Aurélio Magalhães Faria Júnior, e o vereador Dinho, estiveram em Três Lagoas (MS) para acompanhar a abertura do Campeonato Brasileiro de Motocross e ver de perto toda a estrutura do evento. A viagem partiu de um convite do presidente da CBM (Confederação Brasileira de Motociclismo), Firmo Henrique Alves, que no dia 28 de janeiro esteve em Limeira para conhecer a pista do Horto Florestal e inserir a cidade no calendário da competição.
Conforme Faria Júnior, alguns pilotos do município procuraram a prefeitura para pedir apoio ao motocross e relataram que há mais de três anos o Estado de São Paulo não abrigava uma etapa do Campeonato Brasileiro da categoria. A partir daí, foi feito o contato com a CBM, que aprovou a iniciativa.
“O Campeonato Brasileiro de Motocross, depois do futebol, da Stock Car e da Fórmula Truck, é o esporte que mais tem público no Brasil”, declarou Alves. Os números comprovam a força do motocross. Apenas no Estado de São Paulo são cerca de 5.000 pilotos. Em dias de provas, a caravana movimenta 2.000 pessoas ligadas diretamente ao evento e atrai um público que varia de 15 mil a 20 mil pessoas. Também conta com a transmissão dos canais ESPN.
PARCERIA
Para comportar toda essa estrutura, a Prefeitura de Limeira e o governo do Estado, por meio da Secretaria do Turismo, fecharam uma parceria. De acordo com o chefe do Gabinete, a prefeitura vai remodelar a pista e haverá a instalação de arquibancada, torre de cronometragem, sala de imprensa, boxes dos pilotos, camarotes, palco e outras adaptações que forem necessárias. “Uma competição desse porte é importante principalmente para o turismo e economia da cidade, movimentando hotéis, restaurantes e o comércio”, declarou Faria Júnior.
A etapa de Limeira será a sétima do circuito e a penúltima do campeonato. Por isso, a expectativa é que os campeões de cada categoria sejam definidos. “Pode ser a etapa mais decisiva de todas, porque é nessa fase final que a maioria dos títulos é decidida”, declarou o presidente da CBM.
CONTINUIDADE
Segundo Alves, o objetivo é que Limeira seja inserida no calendário oficial da Confederação e que seja realizada uma prova por semestre na cidade, uma válida pelo Brasileiro e outra pelo Campeonato Paulista. Em paralelo, fazer com que o motódromo do Horto atenda aos pilotos da região e seja usado em treinos. “As atividades poderão ser semanais, atendendo a região e fomentando o turismo. Limeira terá a única pista homologada pela Confederação no Estado”, declarou.
O Campeonato Brasileiro de Motocross é dividido em oito etapas, sendo serão disputadas em Limeira as categorias: MX1 (motos até 450cc, pilotos de 15 a 55 anos); MX2 (motos até 250cc, pilotos de 14 a 23 anos); MX3 (motos até 450cc, pilotos homens com idade a partir de 35 anos e mulheres a partir de 17 anos); Junior (motos 65cc e pilotos de 7 a 12 anos); 50cc A (pilotos de 5 a 7 anos); e 50 cc B (motos até 50cc, pilotos de 8 e 9 anos).